O mercado de streaming no Brasil não para de crescer. Um estudo da CompariTech mostrou que o país é o segundo maior do mundo em número de assinantes da Netflix, com 17 milhões de usuários. É a segunda plataforma de streaming de vídeo mais popular do Brasil, atrás apenas do Globoplay, que soma 20 milhões de usuários (entre pagantes e não-pagantes).
Se há até poucos anos dizíamos que as plataformas de streaming eram o futuro do consumo de conteúdo, hoje podemos afirmar que elas são o presente. Do áudio ao vídeo, esses canais de produção e distribuição de conteúdo sob demanda tomaram conta do dia a dia da maioria dos brasileiros.
Tentando entender como o mercado de streaming no Brasil está configurado, a consultoria KPMG realizou um estudo inédito sobre o assunto junto a brasileiros adultos de todas as regiões do país. Os pontos altos dessa pesquisa você confere a seguir!
Como é o mercado de streaming no Brasil?
De acordo com o estudo Pesquisa Vídeo por Streaming, conduzido pela KPMG e divulgado em maio pela KPGM, 86% dos brasileiros possuem acesso a algum serviço de streaming. Desse total, 70% são responsáveis por pagar suas próprias assinaturas ou parte delas, 17% usam plano familiar e 7% admitem usar contas compartilhadas.
O estudo sobre o mercado de streaming no Brasil mostrou ainda que 30% dos participantes da pesquisa têm acesso a dois serviços de streaming, 22% têm acesso a três e 9% possuem contas em quatro plataformas. Para chegar a esses dados, foram ouvidas 1.012 pessoas nos últimos 6 meses.
Facilidade de acesso (59%), preço (49%) e conteúdo (38%) são os três critérios determinantes para que os brasileiros assinem ou cancelem uma assinatura de streaming. 30% dos participantes disseram consumir os conteúdos majoritariamente por smartphone, enquanto a maioria dos demais diz que varia os canais (celular, smart TV, computador, etc).
Em outra pesquisa sobre o mercado de streaming no Brasil, desta vez realizada pela Nielsen Brasil, em parceria com a Toluna, 42,8% dos brasileiros entrevistados consomem conteúdo em streaming de vídeo diariamente. Outros 43% usam as plataformas pelo menos uma vez por semana. Tal levantamento ouviu 1.260 brasileiros das classes A, B e C.
Netflix (35%), Amazon Prime Video (19%), Youtube (15%), Disney Plus (7%) e Globoplay (5%) são as plataformas que dominam o mercado de streaming no Brasil. Vale ressaltar que a Globoplay aparece bem abaixo nessa lista porque uma porcentagem considerável de seus usuários não são assinantes e consomem apenas os conteúdos gratuitos disponíveis no canal de streaming.

O futuro do mercado de streaming no Brasil
A KPMG aponta que uma tendência para o futuro do mercado de streaming no Brasil é o enfraquecimento cada vez maior dos canais de televisão e a popularização de canais de streaming com conteúdo gratuito ou híbrido (parte gratuito e parte pago).
Recentemente, tivemos o lançamento do Pluto Tv, um canal de streaming totalmente gratuito e com milhares de filmes, séries e animações em seu catálogo.
Mas como esses canais seriam economicamente viáveis? Publicidade parece ser a resposta mais óbvia. Onde há público, há a possibilidade de vender espaços para anunciantes.
A verdade é que a fórmula mágica ainda não foi encontrada. O que parece haver no mercado de streaming no Brasil e no mundo é uma corrida em busca de novos assinantes, postergando a questão “como fazer essa conta fechar?” para mais adiante.
A cada dia, novos canais de streaming surgem e seus donos sabem que os assinantes só podem bancar duas, no máximo três opções. O que fará com que seu streaming seja um dos escolhidos? Conforme mostrou a pesquisa da KPMG, Preço + Conteúdo + Usabilidade são a chave para se destacar.
Mercado de streaming de áudio no Brasil
Não há dados precisos sobre o mercado de streaming de música no Brasil. Mas um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Música Independente (ABMI), o Brasil possui cerca de 12 milhões de assinantes de serviços de streaming de música, sendo que o Spotify reina absoluto (com 61% do mercado), seguido pelo Deezer.
“Embora a Covid-19 tenha atingido fortemente o Brasil, estamos confiantes de que a indústria musical não foi tão afetada quanto outros setores. Vemos as pessoas consumindo cada vez mais streaming”, explica Mia Nygren, diretora executiva do Spotify para a América Latina.
Vale lembrar que o Spotify também possui uma versão gratuita que oferece acesso limitado ao catálogo dessa que é a maior biblioteca de músicas do mundo.
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