Faz pouco mais de um mês que The Bold Type chegou ao catálogo da Netflix Brasil, mas a série já pode ser considerada um sucesso de repercussão. Quem assiste à produção logo se torna fã e quer indicar nas redes sociais para que seus seguidores também conheçam essa mistura modernizada de Sex and The City, o Diabo Veste Prada e De Repente 30.
Em quatro temporadas, The Bold Type, série americana do canal Freeform, nos convida a conhecer a vida da jornalista Jane (Katie Stevens), da social mídia Kat (Aisha Dee) e da aspirante a produtora de moda Sutton (Meghann Fahy). Ambas na casa dos 25 anos, essas jovens mulheres trabalham na Scarlet, uma fictícia revista americana que já foi icônica na era do impresso mas precisa se atualizar aos tempos do imediatismo e do conteúdo digital.
A série foi criada por Sarah Watson, que se inspirou na vida e na carreira de Joanna Coles, ex-editora-chefe da famosa revista Cosmopolitan. Na série, o papel de editora-chefe da revista Scarlet fica com Melora Hardin, que dá vida a Jacqueline, uma das melhores personagens da história.
Mas por que The Bold Type é tão viciante? Quais elementos presentes na série são importantes para profissionais de comunicação? Confira!
The Bold Type: o poder do conteúdo digital e das redes sociais
A fictícia revista Scarlet está há décadas no mercado. Já cedeu sua capa para centenas de celebridades e já recebeu inúmeros prêmios por reportagens e editoriais de moda que conversavam com leitores de várias gerações. Mas nem todo esse legado foi capaz de manter a revista imune ao furacão digital e a mudança significativa na maneira como as gerações mais jovens consomem conteúdo.
Ao mesmo tempo em que mostra o apego que Jacqueline tem ao modelo impresso e aos velhos tempos, The Bold Type faz questão de nos lembrar que uma revista, assim como todo veículo de comunicação, é um negócio – e precisa dar lucro. Isso não significa que a mudança seja fácil.
Kat é a pessoa que vai incorporando cada vez mais conteúdo digital na revista, à medida que mostra a todos o tamanho do impacto – e do poder – das mídias sociais e da criação de conteúdo pensado para o digital. Aos poucos, ela vai ganhando espaço, responsabilidades e até mesmo uma equipe.
Não seria spoiler dizer que migrar para o digital é o caminho inevitável para garantir a sobrevivência da Scarlet. Embora Jacqueline e até mesmo Jane relutem no começo, elas acabam percebendo que um bom profissional de comunicação deve, sobretudo, se adaptar. O conteúdo precisa estar onde o público está, e essa é uma das mensagens mais fortes que a série transmite.
Uma das coisas mais legais em The Bold Type é a capacidade de fazer com que as protagonistas mesclem conteúdo jornalístico com crônicas, ensaios de moda e ações para redes sociais. Como se trata de uma revista que está cavando seu espaço no ambiente digital, há oportunidade para explorar diferentes formatos de conteúdo – e o público é convidado a acompanhar a produção de todos eles.
Por se tratar de um seriado voltado aos jovens adultos, The Bold Type é deliciosamente amarrada com histórias sobre as vidas pessoais das protagonistas. Nesse aspecto, mais um ponto positivo para a produção: assim como acontece na vida real de um profissional de comunicação, muitas vezes o pessoal se mistura com o profissional.
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Perrengues que todo profissional de comunicação passa retratados em The Bold Type
Em um dos episódios de The Bold Type, Kat, que vem desempenhando um papel vital para construir a nova cara digital da revista, é levada a entender como é importante que ela também dê atenção a seu perfil pessoal no Instagram e faça dele uma vitrine para seu trabalho. Está aí um ponto que muitos profissionais do digital por vezes se esquecem: podemos nos tornar nosso próprio cases de sucesso.
Em outra frente, a jornalista Jane precisa constantemente revisitar questões éticas do jornalismo para conseguir fazer o seu trabalho sem ultrapassar limites que não justificariam o que ela porventura possa descobrir.
Em um ambiente tão “permissivo” como o digital, por vezes não paramos para refletir sobre a importância da ética nos conteúdos que produzimos e nas campanhas que criamos. Pessoas serão impactadas por aquilo, as fontes usadas precisam ser sólidas e o cuidado para não cair em fake news deve ser redobrado.
Esses são apenas alguns dos muitos assuntos importantes que The Bold Type retrata. Questões como a (não) necessidade de diploma para exercer funções de comunicação digital, o machismo que ainda existe em grandes empresas de comunicação, o papel do homem em ajudar a luta feminista e a importância cada vez maior dos influenciadores digitais são discutidas na série.
Ficou curioso? Aproveite, pois as quatro temporadas de The Bold Type estão disponíveis no catálogo da Netflix Brasil! A quinta, e última, temporada da série está sendo exibida nos Estados Unidos e deve chegar em breve ao serviço de streaming.
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